Eu desanimei, desacreditei. Mas nem por isso desisti.
Pra falar a verdade em nenhum momento eu desisti. Os planos podiam não estar sendo feitos. As borboletas do meu estômago a tempos já não voavam. Mas eu não desisti.
Não quis e nem podia. Desistir como? O amor ainda existia. A sensação de bem estar ainda existia. O tesão ainda existia.
Muitas manhãs se passaram sem mensagens trocadas. Quantas vezes eu fui dormir sem dar o "boa noite" de sempre. Mas mesmo assim eu não desisti.
Em nenhum momento eu deixei de contar com o que vinha do lado de lá. Com os esforços. Com o carinho. A bola nunca esteve somente na minha mão. Ela estava em jogo. Sempre.
E agora é difícil saber que a bola não está mais comigo. A bola não está mais em jogo. Ela está do lado de lá. E eu não sei se ela vai voltar pro jogo.
A minha vontade é de ir lá e arrancar a força a bola. Colocá-la de novo em campo. E mostrar que é normal desanimar. Que é normal as borboletas sumirem. Que quando o amor continua, quando a sensação de bem estar continua, que mesmo que falte alguma coisa - as borboletas talvez! - quando não falta o essencial a gente não desiste.
A gente continua. E supera isso. E faz disso uma coisa do passado que ajudou a deixar o futuro melhor.
Mas a bola não está comigo. E eu não posso ir lá e arrancá-la. Por mais que eu queira. Por mais que eu precise.
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